Prende-me na liberdade do teu sorriso
Silencia-me com a menina dançante do teu olhar
Torna-me um escravo dos teus desejos
Sem vontade de me libertar
Grita-me palavras cruas
Chora por coisas sem sentido
As nossas almas nuas
Um beijo meio perdido
Sem vontade de ser
Algo fingido
Quem me dera já nem saber quem sou
Quem me dera já nem existir
Quem me dera não saber quem me abandonou...
Postas de Pescada Fresquinhas, de um Gajo meio parvo ou a vida de um Idiota Romântico
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quarta-feira, 9 de outubro de 2013
terça-feira, 8 de outubro de 2013
Inexistência Militante
Para quê ser livre
Se na verdade não o sou
Não sei de onde vim
Sei ainda menos para onde vou
Não existo sem ser na sombra
O silêncio é meu companheiro
Não tenho fé nem honra
Nem uma alma por inteiro...
Sou um filme a preto e branco
Uma música sem compasso
Vou-me sentando nas agruras da vida
E tudo se torna mais baço
Sorrisos sem sentido
Dou-os à noite e à Lua
Sinto-me perdido
E a minha mente está nua
Despido de mim próprio
Desta máscara que me atormenta
Já nem me tenho ódio
Apenas uma realidade em câmara lenta
Sou película partida
Copo estilhaçado
Sou fera ferida
Sou inimigo sem mudar de lado
Nada me sobrevive
Sou rei Midas ao contrário
A minha paixão pela vida não tem chama
Sou estrangeiro em solo pátrio
Tudo o que toco se transforma em lama
Sou fraco feito em forte
Sou prisão feita em liberdade
Sou vida feita em morte
Sou esperança feita em ansiedade!
SH 2013
Casa silenciosa, apenas os barulhos típicos de uma grande cidade, o ritmo da malícia, milhões de corações a bater em compasso acelerado. Quantas vidas se estarão a desfazer em pedaços no momento em que escrevo, em que a minha caneta massacra o papel com ideias estúpidas, com planos sem sentido? Quantas paixões finalizaram e começaram nestes poucos minutos que levo a ferir uma página de deambulações pelos cantos mais obscuros da minha alma?
Estou aqui, sinto o meu corpo aqui, mas não estou em lugar nenhum. Ser etéreo que vagueia nos becos da vida, entidade que existe apenas nos meus medos mais profundos, heterónimo sem graça, poeta sem jeito, operário de palavras vãs, herói de cópia de tragédia grega, com aquele pathos de desgraça sempre a pairar por cima da minha cabeça.
Procuro-me das formas menos normais, felicidade química que é apenas um sucedâneo de alegria.
Fazia tanto tempo que não escrevia, que não deixava as torrentes de desespero inundarem o meu livro de mágoas, que não deixava o meu desassossego apoderar-se de mim, que não deixava os meus fantasmas virem ao de cima.
Fazia tanto tempo que não pensava em ti, que não me lembrava dos teus olhos cravados na minha nuca, na flor que te ofereci no primeiro dia, que não me recordava das palavras trémulas que trocámos naquela noite, nos risos que partilhámos.
Lembro-me da primeira noite como se fosse hoje. Dois adolescentes inexperientes, pedrados até mais não, a tentarem fazer amor numa cama ainda cheia de peluches, a inocência dos nossos gritos, a essência pura do nosso prazer, o medo de sermos apanhados.
Recordo-me da música que nos acompanhou, "Se eu fosse um dia o teu Olhar", música que me persegue até hoje.
Lembro-me da adição. Lembro-me da agulha espetada na carne, lembro-me quando deixámos de sentir, lembro-me quando deixámos de amar. Quando o nosso único desejo passou a ser dominado pela deusa branca de asas negras, que controlava todos os nossos passos.
Tenho memórias vívidas do teu funeral. Lembro-me do teu caixão a entar na fornalha e lembro-me que não deitei uma única lágrima. Secaste-me as emoções e só depois consegui acreditar no que aconteceu. Ainda não voltei a existir. Ainda sou uma sombra, mas estou a tentar brilhar de novo, com alguma ajuda. Se conseguirei? Não sei. Mas estou no bom caminho.
Estou aqui, sinto o meu corpo aqui, mas não estou em lugar nenhum. Ser etéreo que vagueia nos becos da vida, entidade que existe apenas nos meus medos mais profundos, heterónimo sem graça, poeta sem jeito, operário de palavras vãs, herói de cópia de tragédia grega, com aquele pathos de desgraça sempre a pairar por cima da minha cabeça.
Procuro-me das formas menos normais, felicidade química que é apenas um sucedâneo de alegria.
Fazia tanto tempo que não escrevia, que não deixava as torrentes de desespero inundarem o meu livro de mágoas, que não deixava o meu desassossego apoderar-se de mim, que não deixava os meus fantasmas virem ao de cima.
Fazia tanto tempo que não pensava em ti, que não me lembrava dos teus olhos cravados na minha nuca, na flor que te ofereci no primeiro dia, que não me recordava das palavras trémulas que trocámos naquela noite, nos risos que partilhámos.
Lembro-me da primeira noite como se fosse hoje. Dois adolescentes inexperientes, pedrados até mais não, a tentarem fazer amor numa cama ainda cheia de peluches, a inocência dos nossos gritos, a essência pura do nosso prazer, o medo de sermos apanhados.
Recordo-me da música que nos acompanhou, "Se eu fosse um dia o teu Olhar", música que me persegue até hoje.
Lembro-me da adição. Lembro-me da agulha espetada na carne, lembro-me quando deixámos de sentir, lembro-me quando deixámos de amar. Quando o nosso único desejo passou a ser dominado pela deusa branca de asas negras, que controlava todos os nossos passos.
Tenho memórias vívidas do teu funeral. Lembro-me do teu caixão a entar na fornalha e lembro-me que não deitei uma única lágrima. Secaste-me as emoções e só depois consegui acreditar no que aconteceu. Ainda não voltei a existir. Ainda sou uma sombra, mas estou a tentar brilhar de novo, com alguma ajuda. Se conseguirei? Não sei. Mas estou no bom caminho.
sexta-feira, 4 de outubro de 2013
A Breve Vida de um Louco
Quem seria ele? Cigarro na mão, headphones nos ouvidos, roupa preta, gel no cabelo. Caminhava pela rua meio perdido, sem rumo nem destino, apenas ao sabor dos seus próprios pensamentos. Falava consigo próprio numa língua estranha, não entendia os sinais do seu corpo, o dia esvoaçava e ele nada conseguia fazer. As horas passavam, e ele andava, continuava andando, andava sempre, sempre, sempre.
Nunca parou. Não pedia indicações, não falava a ninguém. Rosto fechado, num quase rigor mortis ainda em vida. A música que ouvia era depressiva, inconsequente, gritos de raiva e de dor de pessoas com menos raiva e dor que ele próprio. Ele era uma sombra sem nome, uma folha qualquer numa imensa árvore de folhas iguais, de impressões mudas e negritude sem fim.
Quem seria ele, pergunto eu, que o observo à distância, como se estivesse na sua mente, como se fosse ele. É uma experiência deveras assustadora, no entanto gratificante. Sei o que ele vai fazer, sei que passos vai dar, não sei porquê, mas não o posso impedir. Uma viagem pelos infernos pessoais de um qualquer homem que não sei quem é, mas que sinto ser mais importante que muitos.
A estrada continua a passar-lhe debaixo dos pés. Flutua, como se não fosse nada. As paisagens sucedem-se, no entanto ele não as olha. Saca de outro cigarro, displicente, como se nada fosse. A chama irrequieta do isqueiro permite-lhe inspirar mais umas baforadas de morte. O cheiro acre do tabaco impregna-se na roupa, mistura-se com o odor a vergonha no seu corpo. Não se importa. Afinal não tem ninguém à espera, nenhum abraço que lhe pergunte como correu o dia, nenhuma palavra, nenhum beijo. Apenas o vazio omnipresente, aquele vazio que ocupa tudo, mesmo os espaços mais recônditos da sua alma. Interroga-se, que Deus olha por ele? Será que existe um anjo da guarda que o proteja? Ou será que tem algum demónio que o ajude? Nada, nada, nada. Um buraco sem fundo, uma porta sem nada por trás, um beco sem saída.
Continuo a acompanhá-lo, sem perceber para onde se dirige, sabendo para onde vai, mas sem saber para onde vai, qualquer coisa assim, estranha e confusa como ele próprio. Emaranhado de emoções discordantes, quarteto de cordas desafinado, uma amálgama de imperfeições e de pequenas derrotas, que todas juntas formam a derrota final. Sinto algo nos seus olhos. Uma lágrima, talvez? Um escape externo dos seus pensamentos mais obscuros? Sei que o seu olhar é vazio, não fixa nada no horizonte, sequer. Limita-se a ser terrivelmente leve, como se já não pertencesse a este mundo. Será louco? Estará completamente fora da humanidade?
Continua a andar. Sinto que o fim da sua demanda está próximo. O que ele procura, não sei ainda. Parou agora. Estamos à beira de algo que se me assemelha a um precipício. Olha uma e outra vez. Atira a beata do cigarro para o chão, pisa-a levemente, a música desliga-se por magia ou apenas porque ele quis que se desligasse. Parece controlar o mundo. Sorri finalmente, parece focado. E depois atira-se, sem mágoa nem remorso. Cai desamparado, os olhos fecham-se. Não sei se está morto, mas está em paz. Encontrou a solução. E finalmente faz-se silêncio completo.
quarta-feira, 2 de outubro de 2013
Injectem-me um arco-íris
Adição à felicidade. Estou farto de ser triste e mal-contente. Apetece-me, por uma vez, poder sair à rua e gritar que está tudo bem, que tenho quem quero ao meu lado, que tudo me corre bem e que a vida finalmente me está a retribuir tudo o que lhe dei. Apetece-me deixar de ter sucedâneos químicos da sensação de alegria, apetece-me olhar nos olhos de alguém e dizer que não preciso que me emprestes a tua alegria, que te posso dar um pouco da minha. Apetece-me tanta coisa.
Quero apaixonar-me de novo. Quero dançar à chuva sem me preocupar com o dia seguinte. Quero voltar a pensar com o coração e deixar de ponderar tudo três vezes antes de dizer e fazer. Quero sentir-me vivo, quero que o estado zombie em que me encontro à tanto tempo, à demasiado tempo, desapareça. Quero-te a ti. Quero que o fogo volte, que os sorrisos se multipliquem, que o mundo gire à tua volta, à minha volta - não orbite em volta de problemas. Quero tanta coisa.
Preciso que a música volte a tocar. Preciso de voltar a caminhar com um objectivo, não sem destino. Preciso que o meu cérebro seja desafiado, não que atrofie debatendo problemas insolúveis. Preciso que o meu país, que o meu continente, que o meu planeta deixem de caminhar para o abismo e voltem a ser lugares maravilhosos para viver. Preciso de tanta coisa.
Anseio por saber quem sou. Anseio por saber o que quero. Anseio por saber onde estás. Anseio por um dia em que tudo se encaixe e fiquemos juntos. Anseio pelo momento em que percebas que a felicidade não está em seguirmos caminhos separados, mas em lutarmos juntos para seguirmos o nosso caminho, por mais enviesado que este seja. Anseio por tanta coisa.
Existe tanta coisa ainda por fazer, por descobrir, por pensar, por sentir. Existe tanta felicidade por baixo das camadas de tristeza e desespero. Só quero que me injectem uma overdose de alegria. Injectem-me um arco-íris e deixem-me sonhar.
Quero apaixonar-me de novo. Quero dançar à chuva sem me preocupar com o dia seguinte. Quero voltar a pensar com o coração e deixar de ponderar tudo três vezes antes de dizer e fazer. Quero sentir-me vivo, quero que o estado zombie em que me encontro à tanto tempo, à demasiado tempo, desapareça. Quero-te a ti. Quero que o fogo volte, que os sorrisos se multipliquem, que o mundo gire à tua volta, à minha volta - não orbite em volta de problemas. Quero tanta coisa.
Preciso que a música volte a tocar. Preciso de voltar a caminhar com um objectivo, não sem destino. Preciso que o meu cérebro seja desafiado, não que atrofie debatendo problemas insolúveis. Preciso que o meu país, que o meu continente, que o meu planeta deixem de caminhar para o abismo e voltem a ser lugares maravilhosos para viver. Preciso de tanta coisa.
Anseio por saber quem sou. Anseio por saber o que quero. Anseio por saber onde estás. Anseio por um dia em que tudo se encaixe e fiquemos juntos. Anseio pelo momento em que percebas que a felicidade não está em seguirmos caminhos separados, mas em lutarmos juntos para seguirmos o nosso caminho, por mais enviesado que este seja. Anseio por tanta coisa.
Existe tanta coisa ainda por fazer, por descobrir, por pensar, por sentir. Existe tanta felicidade por baixo das camadas de tristeza e desespero. Só quero que me injectem uma overdose de alegria. Injectem-me um arco-íris e deixem-me sonhar.
domingo, 15 de setembro de 2013
Último Post na Pátria
O Gajo Com a Mania Que Sabe Coisas não vai morrer. Vai apenas mudar de nacionalidade. Este é o último post feito em Lisboa, que o de amanhã, se conseguir, será feito em Atenas. Não levo portátil, por isso estou dependente ou de um cyber-café ou do meu telemóvel. Desejem-me sorte.
Pois é, vou para a Grécia. De vermelho e verde passo para azul e branco (mas só de país!). Não digam é ao presidente do Olympiakos que sou da terra do Leonardo Jardim!
Pois é, vou para a Grécia. De vermelho e verde passo para azul e branco (mas só de país!). Não digam é ao presidente do Olympiakos que sou da terra do Leonardo Jardim!
sexta-feira, 13 de setembro de 2013
A Ansiedade da Partida
Os últimos dias têm-se sucedido ansiosos. Os nervos estão ao rubro, o coração palpita de formas que nunca pensei que pudesse palpitar e mentalizo-me para o final do caminho que trilhei durante 28 anos, para deixar os amigos que me acompanharam durante quase três décadas, da língua que sempre falei, da casa que sempre conheci e dos rostos familiares que me têm acarinhado nos momentos mais difíceis.
Querermos um futuro melhor exige sacrifícios, exige sermos egoístas, exige não olharmos para trás. Nunca quis deixar a minha pátria, se a minha pátria me valorizasse.
Como não o faz, tentarei dar o meu melhor noutro país em crise, mas que pelos vistos ainda tem um espaço para mim. Se tudo correr bem, amanhã será o meu último dia neste cantinho à beira mar plantado.
Αντίο Πορτογαλία. Γεια σου Ελλάδα!
Querermos um futuro melhor exige sacrifícios, exige sermos egoístas, exige não olharmos para trás. Nunca quis deixar a minha pátria, se a minha pátria me valorizasse.
Como não o faz, tentarei dar o meu melhor noutro país em crise, mas que pelos vistos ainda tem um espaço para mim. Se tudo correr bem, amanhã será o meu último dia neste cantinho à beira mar plantado.
Αντίο Πορτογαλία. Γεια σου Ελλάδα!
terça-feira, 10 de setembro de 2013
A Popota Já Chegou
Uma chamada de atenção ao As Minhas Quixotadas, porque a nossa amiga Popota já voltou:
Vejam aqui o vídeo:
Teaser Popota (os senhores da Sonae não deixam o vídeo ser integrado).
É uma coisinha extremamente pequena, mas já se vê lá a hipópotama mais slutty do mundo selvagem. E ainda só vamos em Setembro.
O que será de nós?
Vejam aqui o vídeo:
Teaser Popota (os senhores da Sonae não deixam o vídeo ser integrado).
É uma coisinha extremamente pequena, mas já se vê lá a hipópotama mais slutty do mundo selvagem. E ainda só vamos em Setembro.
O que será de nós?
Música Para Curar a Depressão (e possivelmente para rir até não poderem mais)
Graças a um amigo, descobri esta pérola no Youtube:
Manuel Brás - Juventude Desesperada.
Cuidado! Pode provocar efeitos adversos irreversíveis.
Boa noite e até amanhã.
Manuel Brás - Juventude Desesperada.
Cuidado! Pode provocar efeitos adversos irreversíveis.
Boa noite e até amanhã.
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segunda-feira, 9 de setembro de 2013
Que raio se passa com o Mundo?
Nota Prévia: Este artigo é de teor muito pessoal e o artigo referido no link encaminha para uma história chocante, embora não graficamente. Não recomendado a pessoas sensíveis.
Li agora mesmo este artigo chocante e estou completamente desiludido, enojado, irritado e sem vontade de continuar. Num mundo onde isto acontece, a bondade deixou de existir. A decência deixou de existir. A mais simples humanidade deixou de existir.
Quando, ao abrigo da tradição de uma qualquer religião, se permite que isto aconteça, é impossível que mais alguma coisa me motive. É impossível não fazer um esgar de dor, deixar cair uma lágrima ou simplesmente gritar uma quantidade de impropérios, que infelizmente já vão tarde para salvar esta alma inocente e sem mácula.
Sinto-me impotente por ver que, no mesmo planeta onde vivo, existem monstros assim. Sinto-me revoltado por saber que existem países que permitem que isto aconteça, por saber que existem famílias que permitem que isto aconteça, por saber que existem homens a fazer com que isto aconteça.
Uma criança morreu porque um pedófilo achou que tinha o direito de a violar. Uma criança inocente morreu porque um nojento desgraçado, num país que o permite, achou que era normal casar com uma criança de oito anos.
No artigo refere-se que não existe uma definição mundial do conceito de criança. Eu digo-vos o que é uma criança: é um corpo e um espírito em desenvolvimento, um livro aberto com muitas páginas por escrever, uns olhos cheios de sonhos e de esperanças. Não é, com certeza, um joguete para um pedófilo. Não é, com certeza, alguém para ser obrigado a casar. Não é, com certeza, alguém que deva morrer.
Se existe algum tipo de justiça no mundo, desejo uma morte lente e dolorosa ao homem que matou esta criança. Se existe uma autoridade superior, desejo que este monstro seja levado perante ela e pague por tudo o que fez. Se existe um Inferno, desejo que este nojento verme arda nele para todo o sempre.
Isto simplesmente não devia acontecer. Isto não devia ser possível. Isto é de tal forma violento para os meus sentidos que me sinto mal fisicamente. Sinto uma repulsa tal que o coração me vem à boca e o choro aos olhos. Ainda não consigo acreditar que isto seja possível. Não consigo ou não quero acreditar.
Li agora mesmo este artigo chocante e estou completamente desiludido, enojado, irritado e sem vontade de continuar. Num mundo onde isto acontece, a bondade deixou de existir. A decência deixou de existir. A mais simples humanidade deixou de existir.
Quando, ao abrigo da tradição de uma qualquer religião, se permite que isto aconteça, é impossível que mais alguma coisa me motive. É impossível não fazer um esgar de dor, deixar cair uma lágrima ou simplesmente gritar uma quantidade de impropérios, que infelizmente já vão tarde para salvar esta alma inocente e sem mácula.
Sinto-me impotente por ver que, no mesmo planeta onde vivo, existem monstros assim. Sinto-me revoltado por saber que existem países que permitem que isto aconteça, por saber que existem famílias que permitem que isto aconteça, por saber que existem homens a fazer com que isto aconteça.
Uma criança morreu porque um pedófilo achou que tinha o direito de a violar. Uma criança inocente morreu porque um nojento desgraçado, num país que o permite, achou que era normal casar com uma criança de oito anos.
No artigo refere-se que não existe uma definição mundial do conceito de criança. Eu digo-vos o que é uma criança: é um corpo e um espírito em desenvolvimento, um livro aberto com muitas páginas por escrever, uns olhos cheios de sonhos e de esperanças. Não é, com certeza, um joguete para um pedófilo. Não é, com certeza, alguém para ser obrigado a casar. Não é, com certeza, alguém que deva morrer.
Se existe algum tipo de justiça no mundo, desejo uma morte lente e dolorosa ao homem que matou esta criança. Se existe uma autoridade superior, desejo que este monstro seja levado perante ela e pague por tudo o que fez. Se existe um Inferno, desejo que este nojento verme arda nele para todo o sempre.
Isto simplesmente não devia acontecer. Isto não devia ser possível. Isto é de tal forma violento para os meus sentidos que me sinto mal fisicamente. Sinto uma repulsa tal que o coração me vem à boca e o choro aos olhos. Ainda não consigo acreditar que isto seja possível. Não consigo ou não quero acreditar.
A Sério???
Pago quase 70€ de Internet, Telefone e Televisão para a Internet ter este bonito aspecto:
Senhores da PT, não me lixem. Tinha melhores resultados se usasse uma ligação dial-up. Isto é a triste história dos ISP's em Portugal. Vergonhoso. Acho que amanhã vou escrever no livro vermelho de uma loja PT.
Senhores da PT, não me lixem. Tinha melhores resultados se usasse uma ligação dial-up. Isto é a triste história dos ISP's em Portugal. Vergonhoso. Acho que amanhã vou escrever no livro vermelho de uma loja PT.
Aqui Estou, Irritado
Nas eleições de 2011, depois daquelas manifestações gigantescas, escrevi um artigo de opinião (O Poder está na rua - uma reflexão sobre as próximas eleições), que penso que fui o único a ler. Nesse artigo, referia a absoluta e assustadora semelhança entre Sócrates e Passos Coelho (duas faces de dois partidos com Social no nome, que de social nada têm), do seu centrismo cobarde e da possibilidade (real) de o Estado Social ser destruído sem dó nem piedade. Apelei aos portugueses que comigo estiveram nessa manifestação a votarem diferente, a votarem com coragem, a votarem noutros. A expulsarem do poleiro aqueles que nos enfiaram numa cova tão profunda que tivemos de recorrer a ajuda externa para encontrar a saída, e até sairmos, nos vamos enterrando ainda mais. Somos hoje um país sem soberania. Somos um país sem orgulho. Somos um país que depende de outros países, que depende de uma senhora numa Berlim com tiques imperialistas e hitlerianos.
Já não somos uma democracia. Quando a Constituição começa a ser atacada, quando o Tribunal Constitucional é o bicho papão do governo, quando a Educação é assaltada por todos os lados e os professores não têm condições para preparar o futuro, quando o funcionalismo público é maltratado e usado como escudo do governo, quando existem birras nos mais altos cargos da Nação - o que nos resta? Comer e calar? Infelizmente, parece que sim.
Li hoje este artigo do Correio da Manhã, que diz que Passos Coelho sobe e Seguro desce. Não é isso que mais me assusta. O que mais me assusta é a cobardia dos portugueses. É o voltarem a votar no centro. É o não terem coragem de mudar. Passos Coelho e Seguro são de novo faces da mesma moeda... E digam-me uma coisa: querem mesmo continuar assim?
Já não somos uma democracia. Quando a Constituição começa a ser atacada, quando o Tribunal Constitucional é o bicho papão do governo, quando a Educação é assaltada por todos os lados e os professores não têm condições para preparar o futuro, quando o funcionalismo público é maltratado e usado como escudo do governo, quando existem birras nos mais altos cargos da Nação - o que nos resta? Comer e calar? Infelizmente, parece que sim.
Li hoje este artigo do Correio da Manhã, que diz que Passos Coelho sobe e Seguro desce. Não é isso que mais me assusta. O que mais me assusta é a cobardia dos portugueses. É o voltarem a votar no centro. É o não terem coragem de mudar. Passos Coelho e Seguro são de novo faces da mesma moeda... E digam-me uma coisa: querem mesmo continuar assim?
O Último Justo: O Balanço
Como prometido, aqui fica o balanço do livro O Último Justo. E como eu tenho um grave problema (ou amo ou odeio o livro), e não me interessa absolutamente nada se o autor é conceituado e se o livro é considerado uma obra-prima por outras pessoas (este blog é meu, e a opinião também é minha), o meu veredicto final só pode ser um: horrível.
O problema com autores com a mania que são eruditos é a demasiada (e falsa) erudição dos seus livros. Frases demasiado longas, palavras demasiado complicadas (para quê usar um arcaísmo se existe uma palavra recente mais apropriada - a não ser que o livro seja mesmo escrito com essa intenção, o que não era o caso) e um enredo demasiado "enrodilhado" fazem-me mal aos nervos. E eu não gosto quando os meus nervos são abusados - não desafiados, mas abusados.
Este livro segue a história de um judeu, o último justo, da antiguidade até aos nossos dias, sendo o grosso do livro passado durante a Segunda Guerra Mundial. É naturalmente um livro de um sobrevivente ao holocausto, e é também nitidamente um livro de propaganda. Não sou anti-semita, longe disso, mas tudo o que seja extremismo faz-me mal aos intestinos.
O autor é conceituado, e tem outros bons livros. Este não é um deles. O que faz aqui, Primo Levi fez muito melhor.
Em suma, não recomendo este livro a ninguém. Não acho que mereça umas horas da vossa vida. Se quiserem fazer o vosso julgamento, poderão adquiri-lo em qualquer loja online.
Ficha Técnica:
Título Original: Le Dernier Juste
Autor: André Schwarz-Bart
Título Português: O Último Justo
Tradução: António Ramos Rosa e Fernando Moreira Ferreira
Colecção: Grandes Clássicos do Século XX
Editora: Europa-América
Género: Romance
Preço: 22,21€
Nota: Os preços indicados são os praticados na Livraria Online Wook (wook.pt) e estão sujeitos a alteração sem aviso prévio.
As opiniões apresentadas representam apenas as do seu autor e de forma nenhuma as da Livraria Wook, com a qual não temos qualquer ligação.
O problema com autores com a mania que são eruditos é a demasiada (e falsa) erudição dos seus livros. Frases demasiado longas, palavras demasiado complicadas (para quê usar um arcaísmo se existe uma palavra recente mais apropriada - a não ser que o livro seja mesmo escrito com essa intenção, o que não era o caso) e um enredo demasiado "enrodilhado" fazem-me mal aos nervos. E eu não gosto quando os meus nervos são abusados - não desafiados, mas abusados.
Este livro segue a história de um judeu, o último justo, da antiguidade até aos nossos dias, sendo o grosso do livro passado durante a Segunda Guerra Mundial. É naturalmente um livro de um sobrevivente ao holocausto, e é também nitidamente um livro de propaganda. Não sou anti-semita, longe disso, mas tudo o que seja extremismo faz-me mal aos intestinos.
O autor é conceituado, e tem outros bons livros. Este não é um deles. O que faz aqui, Primo Levi fez muito melhor.
Em suma, não recomendo este livro a ninguém. Não acho que mereça umas horas da vossa vida. Se quiserem fazer o vosso julgamento, poderão adquiri-lo em qualquer loja online.
Ficha Técnica:
Título Original: Le Dernier Juste
Autor: André Schwarz-Bart
Título Português: O Último Justo
Tradução: António Ramos Rosa e Fernando Moreira Ferreira
Colecção: Grandes Clássicos do Século XX
Editora: Europa-América
Género: Romance
Preço: 22,21€
Nota: Os preços indicados são os praticados na Livraria Online Wook (wook.pt) e estão sujeitos a alteração sem aviso prévio.
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Parabéns
Hoje uma das minhas colegas de curso (estou desempregado, a fazer um daqueles cursos de especialização técnica do IEFP), arranjou trabalho.
Embora seja difícil ver-se ir embora uma das pessoas com que me identificava, é sempre melhor que uma pessoa qualificada e competente regresse ao sítio onde pertence: a força produtiva deste país.
Este post serve apenas para lhe dar os parabéns e dizer que espero que a sua nova vida profissional seja preenchida e que a preencha. Espero que seja a melhor aposta da vida dela. Espero que construa uma relação profissional com a empresa que dure muitos e bons anos - de preferência até à reforma - e que ela suba nos quadros da empresa até que consiga melhorar o panorama nacional.
Espero isto tudo e muito mais.
Não vou referir nomes, mas ela sabe quem é.
Foi um prazer conhecer-te, parabéns e boa sorte!
Embora seja difícil ver-se ir embora uma das pessoas com que me identificava, é sempre melhor que uma pessoa qualificada e competente regresse ao sítio onde pertence: a força produtiva deste país.
Este post serve apenas para lhe dar os parabéns e dizer que espero que a sua nova vida profissional seja preenchida e que a preencha. Espero que seja a melhor aposta da vida dela. Espero que construa uma relação profissional com a empresa que dure muitos e bons anos - de preferência até à reforma - e que ela suba nos quadros da empresa até que consiga melhorar o panorama nacional.
Espero isto tudo e muito mais.
Não vou referir nomes, mas ela sabe quem é.
Foi um prazer conhecer-te, parabéns e boa sorte!
domingo, 8 de setembro de 2013
Mas afinal o que raio é o Swag?
Nota: Segue-se um chorrilho de asneiras, porque isto me irrita violentamente
Alguém me explica? A sério que alguém se importa de me explicar o que raio é essa moda do swag? Mas estamos no meio de uma epidemia de estupidez e eu acordei agora? A criançada (e a juventude) anda por aí a dizer que só somos bons se tivermos swag. E que isso se mede com os bens materiais que se usam: bonés (ou caps, como eles lhe chamam) de determinadas marcas, botas e roupas específicas. Ora foda-se. Quando ganharem para vocês próprios, gastem dinheiro a vestir-se como palhacinhos. Até lá, não me lixem. Enquanto forem os papás a pagarem-vos a roupa, os estudos (que provavelmente estarão a desperdiçar) e a comida, deixem-se lá de merdas e esqueçam o swag. Já não vos posso ver à frente.
Chamem-me velho... mas se existe coisa que me irrita é a futilidade de putos que não ganham para eles próprios... E pais coniventes ainda me irritam mais. E para usarem neologismos, ao menos usem neologismos interessantes.
Alguém me explica? A sério que alguém se importa de me explicar o que raio é essa moda do swag? Mas estamos no meio de uma epidemia de estupidez e eu acordei agora? A criançada (e a juventude) anda por aí a dizer que só somos bons se tivermos swag. E que isso se mede com os bens materiais que se usam: bonés (ou caps, como eles lhe chamam) de determinadas marcas, botas e roupas específicas. Ora foda-se. Quando ganharem para vocês próprios, gastem dinheiro a vestir-se como palhacinhos. Até lá, não me lixem. Enquanto forem os papás a pagarem-vos a roupa, os estudos (que provavelmente estarão a desperdiçar) e a comida, deixem-se lá de merdas e esqueçam o swag. Já não vos posso ver à frente.
Chamem-me velho... mas se existe coisa que me irrita é a futilidade de putos que não ganham para eles próprios... E pais coniventes ainda me irritam mais. E para usarem neologismos, ao menos usem neologismos interessantes.
Se um Dia
Se um dia me deixar de procurar, morri. Saio todos os dias à rua com uma vontade imensa de me encontrar, mas perco-me sempre em recantos obscuros da minha alma, em curvas e contra-curvas dos meus problemas, em desejos impossíveis e em tentativas loucas de alcançar um plano mais elevado.
Se um dia me deixar de perder, deixei de existir. Só faço sentido como um poço de contradições, como uma metáfora enrodilhada num paradigma, como algo que existe sem sentido, apenas por existir.
Se um dia deixar de correr atrás de quem não me espera, enlouqueci. Não sou louco, só uma pessoa normal com ambições anormais, com um imenso desespero existencial. Preciso da imperfeição para singrar, preciso que me moldem, ao mesmo tempo que moldam os outros.
Se um dia deixar de ser quem sou, desliguem a ficha, apaguem a máquina, injectem-me com a solução fatal. Eu sou o que sou, seja isso bom ou mau, e não quereria ser de outra maneira. Já me tentei modificar por quem não precisa que me modifique, já tentei fugir para locais de conforto que não são os meus locais de conforto, e isso só me matou mais um pouco.
Se um dia deixar de amar loucamente, já não me valerá a pena amar. O amor não será nunca racional, e eu racional não quero ser. Quero perder-me, entregar-me, sofrer e rasgar todas as feridas que existem para ser rasgadas. Não quero barreiras. Não quero nada.
Se um dia deixar de escrever, já não serei eu. A escrita é um escape para os meus medos mais profundos, para o meu pânico entranhado, para os meus ódios e para a minha paixão. Mesmo sem saber escrever, escreverei sempre, pois escrever está-me no sangue.
Se um dia me esquecer de ser eu próprio, não serei mais ninguém. E desvanecerei como uma qualquer sombra que por cá andou.
Se um dia me deixar de perder, deixei de existir. Só faço sentido como um poço de contradições, como uma metáfora enrodilhada num paradigma, como algo que existe sem sentido, apenas por existir.
Se um dia deixar de correr atrás de quem não me espera, enlouqueci. Não sou louco, só uma pessoa normal com ambições anormais, com um imenso desespero existencial. Preciso da imperfeição para singrar, preciso que me moldem, ao mesmo tempo que moldam os outros.
Se um dia deixar de ser quem sou, desliguem a ficha, apaguem a máquina, injectem-me com a solução fatal. Eu sou o que sou, seja isso bom ou mau, e não quereria ser de outra maneira. Já me tentei modificar por quem não precisa que me modifique, já tentei fugir para locais de conforto que não são os meus locais de conforto, e isso só me matou mais um pouco.
Se um dia deixar de amar loucamente, já não me valerá a pena amar. O amor não será nunca racional, e eu racional não quero ser. Quero perder-me, entregar-me, sofrer e rasgar todas as feridas que existem para ser rasgadas. Não quero barreiras. Não quero nada.
Se um dia deixar de escrever, já não serei eu. A escrita é um escape para os meus medos mais profundos, para o meu pânico entranhado, para os meus ódios e para a minha paixão. Mesmo sem saber escrever, escreverei sempre, pois escrever está-me no sangue.
Se um dia me esquecer de ser eu próprio, não serei mais ninguém. E desvanecerei como uma qualquer sombra que por cá andou.
quinta-feira, 5 de setembro de 2013
Actos Falhados
Num Supermercado:
"Vieste às compras???"
"Não, vim caçar elefantes."
O telemóvel toca durante a noite:
"Estavas a dormir?"
"Não, estava a fazer skydiving."
Chove torrencialmente e aprontamos-nos para sair:
"Vais sair com esta chuva?"
"Não, vou esperar um pouco e saio com a próxima!"
Estamos numa lavagem automática a lavar o carro:
"Estás a lavar o carro?"
"Não, estou a regá-lo para ver se se transforma num camião!"
E isto, meus amigos, são actos falhados segundo a minha amiga com nome de vegetal. Se se lembrarem de mais alguns, comentem!
"Vieste às compras???"
"Não, vim caçar elefantes."
O telemóvel toca durante a noite:
"Estavas a dormir?"
"Não, estava a fazer skydiving."
Chove torrencialmente e aprontamos-nos para sair:
"Vais sair com esta chuva?"
"Não, vou esperar um pouco e saio com a próxima!"
Estamos numa lavagem automática a lavar o carro:
"Estás a lavar o carro?"
"Não, estou a regá-lo para ver se se transforma num camião!"
E isto, meus amigos, são actos falhados segundo a minha amiga com nome de vegetal. Se se lembrarem de mais alguns, comentem!
sábado, 31 de agosto de 2013
Personagens Estranhas: Abdala Bucaram
Esta é a nova coluna deste blog. Aqui iremos descobrir algumas das personagens mais estranhas da história. Começaremos por uma bastante recente. Apresento-vos Abdala Bucaram:
Abdala Bucaram foi eleito presidente do Ecuador em 1996, apesar de ter este bigode, que é capaz de vos lembrar outra figura histórica:
Sim, é um bigode à la Hitler. Pelos vistos os ecuatorianos não se lembram desse senhor. Bucaram é conhecido como El Loco, e este nome não é uma ofensa: ele referia-se a si mesmo por esse nome e actuava de forma completamente lunática.
Quando venceu as eleições, foi festejar de uma forma muito sui-generis: fez a sua melhor imitação de cantor com sucesso e levou algumas bailarinas pouco vestidas para cima de um palco (o nosso amigo Berlusconi deve estar a roer-se de inveja). Não, não estou a brincar. E tenho aqui um gif para o provar:
É que não sei se estão a perceber, Bucaram era um aspirante a estrela pop, como evidenciado pelo seu álbum Um Louco Apaixonado, que foi lançado quando ele ainda estava no cargo.
Bucaram usou o seu part-time como presidente para fazer a demo chegar aos seus colegas num encontro de trabalho - quer dizer que ele distribuiu as suas demos aos outros presidentes numa cimeira ibero-americana no Chile.
Mas esta é a parte divertida da história. Bucaram era um gangster de primeira: assim que chegou ao poder, colocou os seus amigos em cargos de responsabilidade e a sua família nos restantes cargos. Chegou ao ponto de colocar o seu filho de 18 anos, Jacobo, como director da Alfândega. Cinco meses depois, Jacobo deu uma imensa festa. A razão? Tinha acabado de fazer o seu primeiro milhão de dólares. Num tema relacionado, o Ecuador estava a meio de uma crise económica na altura.
Nada disto impediu Bucaram de oferecer 1 milhão de dólares a Diego Maradona para jogar um amigável e dar um banquete em honra de Lorena Bobbitt, a mulher que ficou famosa nos anos 90 pela bonita proeza de "cortar o pénis ao marido".
Este louco foi capaz de liderar durante 6 meses. Em Fevereiro de 1997, o parlamento Ecuatoriano depôs o presidente com a base "incapacidade mental". Depois de deixar o Ecuador numa crise tão grande que o governo teve que abandonar a sua moeda e adoptar o dólar americano, Bucaram pediu e obteve asilo político no Canadá e ainda vive lá. Se gostarem da personagem, podem-no seguir no twitter, onde perceberão que a sua obsessão nada estranha com Hitler continua:
No nosso próximo artigo, Idi Amin.
Abdala Bucaram foi eleito presidente do Ecuador em 1996, apesar de ter este bigode, que é capaz de vos lembrar outra figura histórica:
Sim, é um bigode à la Hitler. Pelos vistos os ecuatorianos não se lembram desse senhor. Bucaram é conhecido como El Loco, e este nome não é uma ofensa: ele referia-se a si mesmo por esse nome e actuava de forma completamente lunática.
Quando venceu as eleições, foi festejar de uma forma muito sui-generis: fez a sua melhor imitação de cantor com sucesso e levou algumas bailarinas pouco vestidas para cima de um palco (o nosso amigo Berlusconi deve estar a roer-se de inveja). Não, não estou a brincar. E tenho aqui um gif para o provar:
É que não sei se estão a perceber, Bucaram era um aspirante a estrela pop, como evidenciado pelo seu álbum Um Louco Apaixonado, que foi lançado quando ele ainda estava no cargo.
Bucaram usou o seu part-time como presidente para fazer a demo chegar aos seus colegas num encontro de trabalho - quer dizer que ele distribuiu as suas demos aos outros presidentes numa cimeira ibero-americana no Chile.
Mas esta é a parte divertida da história. Bucaram era um gangster de primeira: assim que chegou ao poder, colocou os seus amigos em cargos de responsabilidade e a sua família nos restantes cargos. Chegou ao ponto de colocar o seu filho de 18 anos, Jacobo, como director da Alfândega. Cinco meses depois, Jacobo deu uma imensa festa. A razão? Tinha acabado de fazer o seu primeiro milhão de dólares. Num tema relacionado, o Ecuador estava a meio de uma crise económica na altura.
Nada disto impediu Bucaram de oferecer 1 milhão de dólares a Diego Maradona para jogar um amigável e dar um banquete em honra de Lorena Bobbitt, a mulher que ficou famosa nos anos 90 pela bonita proeza de "cortar o pénis ao marido".
Este louco foi capaz de liderar durante 6 meses. Em Fevereiro de 1997, o parlamento Ecuatoriano depôs o presidente com a base "incapacidade mental". Depois de deixar o Ecuador numa crise tão grande que o governo teve que abandonar a sua moeda e adoptar o dólar americano, Bucaram pediu e obteve asilo político no Canadá e ainda vive lá. Se gostarem da personagem, podem-no seguir no twitter, onde perceberão que a sua obsessão nada estranha com Hitler continua:
No nosso próximo artigo, Idi Amin.
sexta-feira, 2 de agosto de 2013
É Isto Se Faz Favor Parte II
Michael Amott Tyrant X
Eu sei que sou pedinchão, mas sonhar ainda não se paga. Portanto, se puder ser... Obrigado. :)
Improviso I (Poesia)
Cinzeiro cheio
Copo vazio
Procuro o teu seio
Num qualquer rio
Dói-me a vida
E a solidão
Amor suicida
Da verdade ladrão
Mentiras e gritos
Numa cama desfeita
Casa assombrada
Por memórias silenciosas
Livros não lidos
Palavras não ditas
Tanto ódio calado
Já lutei o suficiente
Ficarei parado
Copo vazio
Procuro o teu seio
Num qualquer rio
Dói-me a vida
E a solidão
Amor suicida
Da verdade ladrão
Mentiras e gritos
Numa cama desfeita
Casa assombrada
Por memórias silenciosas
Livros não lidos
Palavras não ditas
Tanto ódio calado
Já lutei o suficiente
Ficarei parado
Libações Alcóolicas Pt.1
Está um calor do camandro e eu preciso de uma coisa destas:
Cidra Sommersby
Podem ir buscar. Eu espero.
Cidra Sommersby
Podem ir buscar. Eu espero.
Burn Notice
A minha pergunta é: Porque é que esta fantástica série não dá nos canais generalistas? Aliás, a pergunta de forma mais directa é: porque é que preferem dar novelas brasileiras a muitas brutais séries norte-americanas? Sabem que o país não é só constituído por velhinhas donas de casa e broncos que gostam de reality shows? Uma das discussões que tenho de forma constante com a minha família é que só pessoas estúpidas é que se deixam prender por Big Brothers (a não ser que seja o do Orwell - sim, minha gente, o Big Brother surgiu num livro, e não é o que vocês pensam - bem, suponho que quem vê o programa não compreende a referência).
Pronto, depois desta diatribe contra tudo o que é televisão portuguesa, deixem-me falar da série em si. Ora bem, a premissa roda à volta de um espião que acabou de ser expulso da CIA, por razões que não sabe. Michael Westen (é esse o nome da personagem, interpretado de forma brilhante por Jeffrey Donovan) fica dependente de uma ex-namorada (Fiona, interpretada por Gabrielle Anwar) que é uma ex-terrorista do IRA e tem uma tendência assustadora para rebentar com coisas, de um amigo que o denuncia ao FBI ( Sam Axe, interpretado também de forma fabulosa por Bruce Campbell) e, se estiver mesmo desesperado, da mãe ( Madeleine, uma fumadora compulsiva interpretada por Sharon Gless). Michael é obrigado a aceitar trabalhos para sobreviver, que invariavelmente envolvem pessoas más e clientes burros, coisa que só nos faz rir. Normalmente Fiona usa bombas, espingardas e tudo o que possa explodir para assustar os vilões, Sam usa mulheres mais velhas (e mais ricas) para conseguir os meios para convencer os vilões e Madeleine usa o isqueiro para acender cigarros, dá lições de moral ao filho e põe-se em situações de risco.
Tenho que admitir que é das séries mais viciantes dos últimos tempos e que todos vocês deviam vê-la. Tenham um bom dia.
Pronto, depois desta diatribe contra tudo o que é televisão portuguesa, deixem-me falar da série em si. Ora bem, a premissa roda à volta de um espião que acabou de ser expulso da CIA, por razões que não sabe. Michael Westen (é esse o nome da personagem, interpretado de forma brilhante por Jeffrey Donovan) fica dependente de uma ex-namorada (Fiona, interpretada por Gabrielle Anwar) que é uma ex-terrorista do IRA e tem uma tendência assustadora para rebentar com coisas, de um amigo que o denuncia ao FBI ( Sam Axe, interpretado também de forma fabulosa por Bruce Campbell) e, se estiver mesmo desesperado, da mãe ( Madeleine, uma fumadora compulsiva interpretada por Sharon Gless). Michael é obrigado a aceitar trabalhos para sobreviver, que invariavelmente envolvem pessoas más e clientes burros, coisa que só nos faz rir. Normalmente Fiona usa bombas, espingardas e tudo o que possa explodir para assustar os vilões, Sam usa mulheres mais velhas (e mais ricas) para conseguir os meios para convencer os vilões e Madeleine usa o isqueiro para acender cigarros, dá lições de moral ao filho e põe-se em situações de risco.
Tenho que admitir que é das séries mais viciantes dos últimos tempos e que todos vocês deviam vê-la. Tenham um bom dia.
quinta-feira, 1 de agosto de 2013
Música e História
Ando a ouvir um álbum já algo antigo: The Art Of War, dos Sabaton. Ora, porque é que eu gosto deste álbum? Por três razões bastante óbvias para quem me conhece:
1) Já viram bem o título? Os Sabaton foram buscar o nome de um clássico da literatura mundial, A Arte da Guerra, de Sun Tzu. Se ainda não leram, toca a irem comprar e provavelmente vão ficar apaixonados como eu. É um livro que nos ajuda a escolher a melhor estratégia para a nossa vida, sem ser um livro de auto-ajuda.
2) É um álbum de Power Metal. Quem se dá comigo, sabe perfeitamente que o meu género de música preferido envolve muitas guitarras, muitas baterias, rapidez e vozes agressivas. Tenho a mania que sou rebelde e hei-de continuar a fazer o horns up até quando o reumático me deixar.
3) É uma lição de história. História Bélica contemporânea. Aqui fala-se, de forma correcta e exacta ainda por cima, das grandes batalhas da Primeira e da Segunda Guerra Mundial. Se não acreditam em mim, aqui fica a lista de faixas:
1) Sun Tzu Says - introdução
2) Ghost Division - Erwin Rommel e a 7ª divisão de Panzers
3) The Art of War - capítulo de Sun Tzu sobre o planeamento de ofensivas
4) 40:1 - a Batalha de Wizna
5) Unbreakable - capítulo de Sun Tzu sobre poder estratégico
6) The Nature of Warfare - capítulo de Suz Tzu sobre a natureza da guerra
7) Cliffs of Gallipolli - campanha de Gallipolli
8) Talvisota - a guerra de Inverno da Finlânida
9) Panzerkampf - a batalha de Kursk
10) Union (Slopes of St. Benedict) - a batalha de Monte Cassino
11) The Price of a Mile - a batalha de Passenchdale e a insensatez da guerra
12) Firestorm - bombardeamentos estratégicos na Segunda Guerra Mundial
13) Outro - música humorística, homenagem aos piratas
O álbum é extraordinário para quem gosta deste tipo de música, e recomendo-o a toda a gente. Ide ouvir.
1) Já viram bem o título? Os Sabaton foram buscar o nome de um clássico da literatura mundial, A Arte da Guerra, de Sun Tzu. Se ainda não leram, toca a irem comprar e provavelmente vão ficar apaixonados como eu. É um livro que nos ajuda a escolher a melhor estratégia para a nossa vida, sem ser um livro de auto-ajuda.
2) É um álbum de Power Metal. Quem se dá comigo, sabe perfeitamente que o meu género de música preferido envolve muitas guitarras, muitas baterias, rapidez e vozes agressivas. Tenho a mania que sou rebelde e hei-de continuar a fazer o horns up até quando o reumático me deixar.
3) É uma lição de história. História Bélica contemporânea. Aqui fala-se, de forma correcta e exacta ainda por cima, das grandes batalhas da Primeira e da Segunda Guerra Mundial. Se não acreditam em mim, aqui fica a lista de faixas:
1) Sun Tzu Says - introdução
2) Ghost Division - Erwin Rommel e a 7ª divisão de Panzers
3) The Art of War - capítulo de Sun Tzu sobre o planeamento de ofensivas
4) 40:1 - a Batalha de Wizna
5) Unbreakable - capítulo de Sun Tzu sobre poder estratégico
6) The Nature of Warfare - capítulo de Suz Tzu sobre a natureza da guerra
7) Cliffs of Gallipolli - campanha de Gallipolli
8) Talvisota - a guerra de Inverno da Finlânida
9) Panzerkampf - a batalha de Kursk
10) Union (Slopes of St. Benedict) - a batalha de Monte Cassino
11) The Price of a Mile - a batalha de Passenchdale e a insensatez da guerra
12) Firestorm - bombardeamentos estratégicos na Segunda Guerra Mundial
13) Outro - música humorística, homenagem aos piratas
O álbum é extraordinário para quem gosta deste tipo de música, e recomendo-o a toda a gente. Ide ouvir.
Viva Jersey (não o Shore)
Fica mais barato encomendar coisas da Ilha de Jersey do que comprá-las em Portugal. Que se lixem os impostos portugueses, que é para não dizer palavra mais feia.
Só para terem noção, um perfume Azzaro de 50ml fica 40€ mais barato do que comprado numa loja de um qualquer centro comercial. Obrigado aos senhores dessa mínima Ilha no canal por me alimentarem a fome de luxos.
Não vou dizer o site porque sou invejoso e é o meu segredo. (a sério, se o quiserem, peçam nos comentários que eu mando por mensagem privada).
Tenham uma boa tarde.
terça-feira, 30 de julho de 2013
The Pall Mall Man (ficção)
Rua pouco iluminada. Candeeiros partidos, graffitis nas paredes, todo o ar típico de um bairro perigoso. Esquadra da polícia com carros-patrulha à porta, bandeiras sem vento, música alta de automóveis com mau aspecto. Cheirava a jantar. Algum prato vindo dos confins de além-mar, com aromas que não conseguia distinguir. Mãos nos bolsos, o homem andava sem destino. Não sabia exactamente o que estava ali a fazer. Aliás, ele nem sequer sabia exactamente quem era. Olhos meio fechados, o homem caminhava em frente. Sempre em frente. Não interessava o destino, o que interessava era andar. Nunca parou. Não parou até chegar ao sítio que não existia, apenas na sua mente. No seu coração. Na sua vida. Por alguma razão, ele ali estava, sentindo-se estranho, mas em casa.
Acendeu um cigarro. Pall Mall. Aspirou o fumo, cada vez que inspirava nicotina sentia-se feliz. Era a única coisa que lhe lembrava dias melhores. Os cigarros matavam-no, mas ele já estava morto. Dançou uma última vez. O cheiro inebriou-o. Desapareceram as dores. Ele deixou de existir, desfez-se em fumo. E ninguém deu pela sua falta.
Acendeu um cigarro. Pall Mall. Aspirou o fumo, cada vez que inspirava nicotina sentia-se feliz. Era a única coisa que lhe lembrava dias melhores. Os cigarros matavam-no, mas ele já estava morto. Dançou uma última vez. O cheiro inebriou-o. Desapareceram as dores. Ele deixou de existir, desfez-se em fumo. E ninguém deu pela sua falta.
Da Imperfeição das Pessoas Perfeitas
Detesto pessoas perfeitas. Odeio seres humanos que não são seres humanos normais, que não possuem defeitos, que fazem tudo de acordo com o que está certo. Parece que lhes deram um manual ao nascimento a dizer exactamente como deviam caminhar pela vida. Não existem encruzilhadas no seu caminho. A vida dessas pessoas é como uma auto-estrada, mas daquelas tremendamente bem tratadas que nos levam a cidades sem cara, sem personalidade.
Não gosto de livros acabados ou de literatura light. Gosto de pessoas com páginas em branco, com complexidade e que me pareçam desafios. Gosto de pessoas que sejam livros abertos, mas que estejam escritas numa qualquer língua à muito esquecida.
Gosto de um pouco de drama. Gosto que exista um feeling de tragédia grega a pairar sobre mim a quase todos os momentos. Gosto de pessoas que gritam, que se zangam, que dizem asneiras e que cometem erros. Gosto de pessoas vivas, não de moscas mortas que passam pelo meu caminho como zombies e que não me motivam nem me fazem sentir útil.
Não gosto de pessoas finalizadas. Gosto de pessoas que sejam projectos em curso, que me possam moldar ao mesmo tempo que são um pouco moldadas por mim. Acho que todos nós somos um pouco dos outros, que somos como um puzzle de muitos milhares de peças que se vão juntando ao longo do tempo.
Acho que as pessoas que se acham perfeitas, são sem dúvida, as piores. A perfeição não faz sentido, é o objectivo que nos faz querer ser melhores sempre. E quando achamos que já terminamos a viagem, isto perde toda a piada.
Não gosto de livros acabados ou de literatura light. Gosto de pessoas com páginas em branco, com complexidade e que me pareçam desafios. Gosto de pessoas que sejam livros abertos, mas que estejam escritas numa qualquer língua à muito esquecida.
Gosto de um pouco de drama. Gosto que exista um feeling de tragédia grega a pairar sobre mim a quase todos os momentos. Gosto de pessoas que gritam, que se zangam, que dizem asneiras e que cometem erros. Gosto de pessoas vivas, não de moscas mortas que passam pelo meu caminho como zombies e que não me motivam nem me fazem sentir útil.
Não gosto de pessoas finalizadas. Gosto de pessoas que sejam projectos em curso, que me possam moldar ao mesmo tempo que são um pouco moldadas por mim. Acho que todos nós somos um pouco dos outros, que somos como um puzzle de muitos milhares de peças que se vão juntando ao longo do tempo.
Acho que as pessoas que se acham perfeitas, são sem dúvida, as piores. A perfeição não faz sentido, é o objectivo que nos faz querer ser melhores sempre. E quando achamos que já terminamos a viagem, isto perde toda a piada.
segunda-feira, 29 de julho de 2013
É Isto Se Faz Favor Parte I
Baseado no meu blogue preferido, As Minhas Quixotadas, resolvi lançar uma série de pedidos de coisas que gostaria de ter. O que é que hei-de fazer? Sou consumista... E para começar:
A melhor fragrância do mundo. Acqua di Parma. Custa 80€. Não existe em Portugal. Odeio as perfumarias portuguesas. Ofereçam-me. Obrigado.
Nota: Obrigado à autora do As Minhas Quixotadas e peço desculpa pela minha baixaria no roubo da ideia.
A melhor fragrância do mundo. Acqua di Parma. Custa 80€. Não existe em Portugal. Odeio as perfumarias portuguesas. Ofereçam-me. Obrigado.
Nota: Obrigado à autora do As Minhas Quixotadas e peço desculpa pela minha baixaria no roubo da ideia.
sábado, 27 de julho de 2013
Alimento Para a Alma Pt.1
Ando a ler isto:
Depois digo se foi bom ou se tive problemas digestivos. Caso não se veja, a capa foi retirada do site da Wook.
Depois digo se foi bom ou se tive problemas digestivos. Caso não se veja, a capa foi retirada do site da Wook.
sexta-feira, 26 de julho de 2013
Tux
Sou fã do Linux por várias coisas. Especialmente o ser open-source e gratuito, que a vida não está para despesas. Mas acho que não gostaria tanto dele se o Tux não existisse. Este pinguim é o máximo:
Tux: O pinguim... Bem, já me calei. Fui!
A sério?
Este singelo relógio da Hublot custa a módica quantia de um milhão de euros. Isso mesmo. Um-Milhão-de-Euros. Se algum de vocês o puder comprar, aceite imediatamente o meu pedido de casamento. Não me interessa quem vocês são. Sou interesseiro.
Até logo
Até logo
Humor Doente
As pessoas têm o hábito de ficar ofendidas comigo. A sério, já tive pessoas que deixaram de falar comigo por causa das minha piadas. Não sei porquê. Tudo é passível de ser gozado. Chamam-me doente, perverso e afins: eu não tenho uma mente perversa... tenho é uma imaginação sexy.
Quer dizer, o nosso primeiro-ministro faz humor com o nosso dinheiro, brinca com a nossa constituição e a ele ninguém chama perverso (ok, cantam-lhe a Grândola, mas isso eu até gostava - a letra até é bem bonita).
Se eu me lançar numa diatribe sobre os problemas deste país, não sei se ponho toda a gente a rir, se fico deprimido e contribuo para o aumento da taxa de suicídio ( ou das tentativas de tal feito, o que ainda fará com que as pessoas fiquem mais deprimidas - falham tudo, incluindo a porra da própria tentativa de acabarem com a vida - uma pergunta que tenho que fazer é, porque é que não continuam a tentar - nada de desistir, vocês conseguem!).
Se brincar com as pessoas mais cheias, estou a ser politicamente incorrecto e essas pessoas acabam por comer mais. E depois culpam as cadeias de fast food. Isso é o mesmo que culparem os clubes de strip por os homens gostarem de mamas grandes. Minha gente, é genético - não é culpa dos restaurantes. Ainda não vi nenhum funcionário a apontar uma arma à cabeça do cliente e a dizer: come 3 bigmacs ou rebento-te os miolos (já agora, isto não faz sentido - rebenta-se a cabeça, os miolos saem por si... suponho que quem usa armas não tenha cursos superiores - esses estão no parlamento e não precisam de violência para nos assaltar todos os dias).
Nem sequer posso fazer piadas com o terrorismo. E logo eu que tinha uma piada de arrebentar sobre a al-qaeda (viram? viram? viram????)... Não tenho culpa que os senhores gostem de prender bombas ao peito e gritar inch allah antes de se fazerem explodir devido à promessa de 40 virgens no paraíso (também não percebo a estratégia de marketing do alcorão - experimentem tentar levar uma virgem para a cama... depois digam-me se querem fazer o mesmo com 40.)
Se fizer uma piada com religião, cai-me tudo em cima... Incluindo um raio, provavelmente. Caro Deus (ou Zeus, ou Pã ou Kali ou sei lá mais quem), se existem mesmo, tenho que vos pedir um favor - um dilúvio ali para os lados de S.Bento, que temos um jumento que precisa de ser extinto.
O que me resta? As piadas do género Malucos do Riso (não sei se se lembram, mas eu estou a ficar velho) a que só as pessoas que também assistem ao Big Brother acham piada - o que diz muito do nível de inteligência deste país.
Pronto, e é isto. Já descarreguei tudo o que tinha a descarregar. Até mais tarde.
Quer dizer, o nosso primeiro-ministro faz humor com o nosso dinheiro, brinca com a nossa constituição e a ele ninguém chama perverso (ok, cantam-lhe a Grândola, mas isso eu até gostava - a letra até é bem bonita).
Se eu me lançar numa diatribe sobre os problemas deste país, não sei se ponho toda a gente a rir, se fico deprimido e contribuo para o aumento da taxa de suicídio ( ou das tentativas de tal feito, o que ainda fará com que as pessoas fiquem mais deprimidas - falham tudo, incluindo a porra da própria tentativa de acabarem com a vida - uma pergunta que tenho que fazer é, porque é que não continuam a tentar - nada de desistir, vocês conseguem!).
Se brincar com as pessoas mais cheias, estou a ser politicamente incorrecto e essas pessoas acabam por comer mais. E depois culpam as cadeias de fast food. Isso é o mesmo que culparem os clubes de strip por os homens gostarem de mamas grandes. Minha gente, é genético - não é culpa dos restaurantes. Ainda não vi nenhum funcionário a apontar uma arma à cabeça do cliente e a dizer: come 3 bigmacs ou rebento-te os miolos (já agora, isto não faz sentido - rebenta-se a cabeça, os miolos saem por si... suponho que quem usa armas não tenha cursos superiores - esses estão no parlamento e não precisam de violência para nos assaltar todos os dias).
Nem sequer posso fazer piadas com o terrorismo. E logo eu que tinha uma piada de arrebentar sobre a al-qaeda (viram? viram? viram????)... Não tenho culpa que os senhores gostem de prender bombas ao peito e gritar inch allah antes de se fazerem explodir devido à promessa de 40 virgens no paraíso (também não percebo a estratégia de marketing do alcorão - experimentem tentar levar uma virgem para a cama... depois digam-me se querem fazer o mesmo com 40.)
Se fizer uma piada com religião, cai-me tudo em cima... Incluindo um raio, provavelmente. Caro Deus (ou Zeus, ou Pã ou Kali ou sei lá mais quem), se existem mesmo, tenho que vos pedir um favor - um dilúvio ali para os lados de S.Bento, que temos um jumento que precisa de ser extinto.
O que me resta? As piadas do género Malucos do Riso (não sei se se lembram, mas eu estou a ficar velho) a que só as pessoas que também assistem ao Big Brother acham piada - o que diz muito do nível de inteligência deste país.
Pronto, e é isto. Já descarreguei tudo o que tinha a descarregar. Até mais tarde.
Pois Bem
Pois bem. Aqui está o meu novo blogue. Ou melhor, a minha tentativa para fazer um blogue que não envolva tanto drama, tantas coisas góticas, tanto sangue e facadas e, acima de tudo, que não esteja completamente às moscas, actualizado de 6 em 6 meses quando o autor não tem nada melhor para fazer.
Não sei se não vou descarrilar em grande estilo, se vou acabar a dizer outra vez os disparates que dizia no Impressões, mas juro por todos os santinhos que vou tentar não o fazer.
Este é um blogue de opinião - opinião certa, opinião estúpida. Este é um blogue de humor e de amor - e de amor com humor, porque muito do estar apaixonado é fazer disparates que fazem toda a gente chamar-nos idiotas e meterem os dedos à boca para vomitarem descontroladamente.
Vou falar de literatura (da que gosto e dos meus ódios de estimação), de música (das minhas manias de rebeldia e daquilo que detesto), um bocado de informática (sim, até na informática existem coisas que não gosto) e provavelmente vou falar muito de comida e de bebida. Especialmente de bebida.
Como o próprio título indica, eu sou um gajo que tem a mania que sabe coisas. Não quer dizer que as saiba realmente. Mas pronto (não disse prontos, aí está outra coisa que me irrita - vão perceber que tenho muitos ódios de estimação), olá pessoas que vão passar por aqui. Por favor leiam-me. Gosto de atenção. Olhem para mim, olhem para mim, olhem para miiiiiiiim!
Não sei se não vou descarrilar em grande estilo, se vou acabar a dizer outra vez os disparates que dizia no Impressões, mas juro por todos os santinhos que vou tentar não o fazer.
Este é um blogue de opinião - opinião certa, opinião estúpida. Este é um blogue de humor e de amor - e de amor com humor, porque muito do estar apaixonado é fazer disparates que fazem toda a gente chamar-nos idiotas e meterem os dedos à boca para vomitarem descontroladamente.
Vou falar de literatura (da que gosto e dos meus ódios de estimação), de música (das minhas manias de rebeldia e daquilo que detesto), um bocado de informática (sim, até na informática existem coisas que não gosto) e provavelmente vou falar muito de comida e de bebida. Especialmente de bebida.
Como o próprio título indica, eu sou um gajo que tem a mania que sabe coisas. Não quer dizer que as saiba realmente. Mas pronto (não disse prontos, aí está outra coisa que me irrita - vão perceber que tenho muitos ódios de estimação), olá pessoas que vão passar por aqui. Por favor leiam-me. Gosto de atenção. Olhem para mim, olhem para mim, olhem para miiiiiiiim!
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