Como prometido, aqui fica o balanço do livro O Último Justo. E como eu tenho um grave problema (ou amo ou odeio o livro), e não me interessa absolutamente nada se o autor é conceituado e se o livro é considerado uma obra-prima por outras pessoas (este blog é meu, e a opinião também é minha), o meu veredicto final só pode ser um: horrível.
O problema com autores com a mania que são eruditos é a demasiada (e falsa) erudição dos seus livros. Frases demasiado longas, palavras demasiado complicadas (para quê usar um arcaísmo se existe uma palavra recente mais apropriada - a não ser que o livro seja mesmo escrito com essa intenção, o que não era o caso) e um enredo demasiado "enrodilhado" fazem-me mal aos nervos. E eu não gosto quando os meus nervos são abusados - não desafiados, mas abusados.
Este livro segue a história de um judeu, o último justo, da antiguidade até aos nossos dias, sendo o grosso do livro passado durante a Segunda Guerra Mundial. É naturalmente um livro de um sobrevivente ao holocausto, e é também nitidamente um livro de propaganda. Não sou anti-semita, longe disso, mas tudo o que seja extremismo faz-me mal aos intestinos.
O autor é conceituado, e tem outros bons livros. Este não é um deles. O que faz aqui, Primo Levi fez muito melhor.
Em suma, não recomendo este livro a ninguém. Não acho que mereça umas horas da vossa vida. Se quiserem fazer o vosso julgamento, poderão adquiri-lo em qualquer loja online.
Ficha Técnica:
Título Original: Le Dernier Juste
Autor: André Schwarz-Bart
Título Português: O Último Justo
Tradução: António Ramos Rosa e Fernando Moreira Ferreira
Colecção: Grandes Clássicos do Século XX
Editora: Europa-América
Género: Romance
Preço: 22,21€
Nota: Os preços indicados são os praticados na Livraria Online Wook (wook.pt) e estão sujeitos a alteração sem aviso prévio.
As opiniões apresentadas representam apenas as do seu autor e de forma nenhuma as da Livraria Wook, com a qual não temos qualquer ligação.
Sem comentários:
Enviar um comentário