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domingo, 15 de setembro de 2013

Último Post na Pátria

O Gajo Com a Mania Que Sabe Coisas não vai morrer. Vai apenas mudar de nacionalidade. Este é o último post feito em Lisboa, que o de amanhã, se conseguir, será feito em Atenas. Não levo portátil, por isso estou dependente ou de um cyber-café ou do meu telemóvel. Desejem-me sorte.













Pois é, vou para a Grécia. De vermelho e verde passo para azul e branco (mas só de país!). Não digam é ao presidente do Olympiakos que sou da terra do Leonardo Jardim!

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

A Ansiedade da Partida

Os últimos dias têm-se sucedido ansiosos. Os nervos estão ao rubro, o coração palpita de formas que nunca pensei que pudesse palpitar e mentalizo-me para o final do caminho que trilhei durante 28 anos, para deixar os amigos que me acompanharam durante quase três décadas, da língua que sempre falei, da casa que sempre conheci e dos rostos familiares que me têm acarinhado nos momentos mais difíceis.
Querermos um futuro melhor exige sacrifícios, exige sermos egoístas, exige não olharmos para trás. Nunca quis deixar a minha pátria, se a minha pátria me valorizasse.
Como não o faz, tentarei dar o meu melhor noutro país em crise, mas que pelos vistos ainda tem um espaço para mim. Se tudo correr bem, amanhã será o meu último dia neste cantinho à beira mar plantado.

Αντίο Πορτογαλία. Γεια σου Ελλάδα!


terça-feira, 10 de setembro de 2013

A Popota Já Chegou

Uma chamada de atenção ao As Minhas Quixotadas, porque a nossa amiga Popota já voltou:

Vejam aqui o vídeo:

Teaser Popota (os senhores da Sonae não deixam o vídeo ser integrado).

É uma coisinha extremamente pequena, mas já se vê lá a hipópotama mais slutty do mundo selvagem. E ainda só vamos em Setembro.

O que será de nós?


Música Para Curar a Depressão (e possivelmente para rir até não poderem mais)

Graças a um amigo, descobri esta pérola no Youtube:


Manuel Brás - Juventude Desesperada.

Cuidado! Pode provocar efeitos adversos irreversíveis.

Boa noite e até amanhã.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Que raio se passa com o Mundo?

Nota Prévia: Este artigo é de teor muito pessoal e o artigo referido no link encaminha para uma história chocante, embora não graficamente. Não recomendado a pessoas sensíveis.

Li agora mesmo este artigo chocante e estou completamente desiludido, enojado, irritado e sem vontade de continuar. Num mundo onde isto acontece, a bondade deixou de existir. A decência deixou de existir. A mais simples humanidade deixou de existir.
Quando, ao abrigo da tradição de uma qualquer religião, se permite que isto aconteça, é impossível que mais alguma coisa me motive. É impossível não fazer um esgar de dor, deixar cair uma lágrima ou simplesmente gritar uma quantidade de impropérios, que infelizmente já vão tarde para salvar esta alma inocente e sem mácula.
Sinto-me impotente por ver que, no mesmo planeta onde vivo, existem monstros assim. Sinto-me revoltado por saber que existem países que permitem que isto aconteça, por saber que existem famílias que permitem que isto aconteça, por saber que existem homens a fazer com que isto aconteça.
Uma criança morreu porque um pedófilo achou que tinha o direito de a violar. Uma criança inocente morreu porque um nojento desgraçado, num país que o permite, achou que era normal casar com uma criança de oito anos.
No artigo refere-se que não existe uma definição mundial do conceito de criança. Eu digo-vos o que é uma criança: é um corpo e um espírito em desenvolvimento, um livro aberto com muitas páginas por escrever, uns olhos cheios de sonhos e de esperanças. Não é, com certeza, um joguete para um pedófilo. Não é, com certeza, alguém para ser obrigado a casar. Não é, com certeza, alguém que deva morrer.
Se existe algum tipo de justiça no mundo, desejo uma morte lente e dolorosa ao homem que matou esta criança. Se existe uma autoridade superior, desejo que este monstro seja levado perante ela e pague por tudo o que fez. Se existe um Inferno, desejo que este nojento verme arda nele para todo o sempre.
Isto simplesmente não devia acontecer. Isto não devia ser possível. Isto é de tal forma violento para os meus sentidos que me sinto mal fisicamente. Sinto uma repulsa tal que o coração me vem à boca e o choro aos olhos. Ainda não consigo acreditar que isto seja possível. Não consigo ou não quero acreditar.

A Sério???

Pago quase 70€ de Internet, Telefone e Televisão para a Internet ter este bonito aspecto:


















Senhores da PT, não me lixem. Tinha melhores resultados se usasse uma ligação dial-up. Isto é a triste história dos ISP's em Portugal. Vergonhoso. Acho que amanhã vou escrever no livro vermelho de uma loja PT.





Aqui Estou, Irritado

Nas eleições de 2011, depois daquelas manifestações gigantescas, escrevi um artigo de opinião (O Poder está na rua - uma reflexão sobre as próximas eleições), que penso que fui o único a ler. Nesse artigo, referia a absoluta e assustadora semelhança entre Sócrates e Passos Coelho (duas faces de dois partidos com Social no nome, que de social nada têm), do seu centrismo cobarde e da possibilidade (real) de o Estado Social ser destruído sem dó nem piedade. Apelei aos portugueses que comigo estiveram nessa manifestação a votarem diferente, a votarem com coragem, a votarem noutros. A expulsarem do poleiro aqueles que nos enfiaram numa cova tão profunda que tivemos de recorrer a ajuda externa para encontrar a saída, e até sairmos, nos vamos enterrando ainda mais. Somos hoje um país sem soberania. Somos um país sem orgulho. Somos um país que depende de outros países, que depende de uma senhora numa Berlim com tiques imperialistas e hitlerianos.
Já não somos uma democracia. Quando a Constituição começa a ser atacada, quando o Tribunal Constitucional é o bicho papão do governo, quando a Educação é assaltada por todos os lados e os professores não têm condições para preparar o futuro, quando o funcionalismo público é maltratado e usado como escudo do governo, quando existem birras nos mais altos cargos da Nação - o que nos resta? Comer e calar? Infelizmente, parece que sim.
Li hoje este artigo do Correio da Manhã, que diz que Passos Coelho sobe e Seguro desce. Não é isso que mais me assusta. O que mais me assusta é a cobardia dos portugueses. É o voltarem a votar no centro. É o não terem coragem de mudar. Passos Coelho e Seguro são de novo faces da mesma moeda... E digam-me uma coisa: querem mesmo continuar assim?

O Último Justo: O Balanço

Como prometido, aqui fica o balanço do livro O Último Justo. E como eu tenho um grave problema (ou amo ou odeio o livro), e não me interessa absolutamente nada se o autor é conceituado e se o livro é considerado uma obra-prima por outras pessoas (este blog é meu, e a opinião também é minha), o meu veredicto final só pode ser um: horrível.
O problema com autores com a mania que são eruditos é a demasiada (e falsa) erudição dos seus livros. Frases demasiado longas, palavras demasiado complicadas (para quê usar um arcaísmo se existe uma palavra recente mais apropriada - a não ser que o livro seja mesmo escrito com essa intenção, o que não era o caso) e um enredo demasiado "enrodilhado" fazem-me mal aos nervos. E eu não gosto quando os meus nervos são abusados - não desafiados, mas abusados.
Este livro segue a história de um judeu, o último justo, da antiguidade até aos nossos dias, sendo o grosso do livro passado durante a Segunda Guerra Mundial. É naturalmente um livro de um sobrevivente ao holocausto, e é também nitidamente um livro de propaganda. Não sou anti-semita, longe disso, mas tudo o que seja extremismo faz-me mal aos intestinos.
O autor é conceituado, e tem outros bons livros. Este não é um deles. O que faz aqui, Primo Levi fez muito melhor.
Em suma, não recomendo este livro a ninguém. Não acho que mereça umas horas da vossa vida. Se quiserem fazer o vosso julgamento, poderão adquiri-lo em qualquer loja online.


Ficha Técnica:
Título Original:  Le Dernier Juste
Autor: André Schwarz-Bart
Título Português: O Último Justo
Tradução: António Ramos Rosa e Fernando Moreira Ferreira
Colecção: Grandes Clássicos do Século XX
Editora: Europa-América
Género: Romance
Preço: 22,21€




Nota: Os preços indicados são os praticados na Livraria Online Wook (wook.pt) e estão sujeitos a alteração sem aviso prévio.
As opiniões apresentadas representam apenas as do seu autor e de forma nenhuma as da Livraria Wook, com a qual não temos qualquer ligação.



Parabéns

Hoje uma das minhas colegas de curso (estou desempregado, a fazer um daqueles cursos de especialização técnica do IEFP), arranjou trabalho.
Embora seja difícil ver-se ir embora uma das pessoas com que me identificava, é sempre melhor que uma pessoa qualificada e competente regresse ao sítio onde pertence: a força produtiva deste país.
Este post serve apenas para lhe dar os parabéns e dizer que espero que a sua nova vida profissional seja preenchida e que a preencha. Espero que seja a melhor aposta da vida dela. Espero que construa uma relação profissional com a empresa que dure muitos e bons anos - de preferência até à reforma - e que ela suba nos quadros da empresa até que consiga melhorar o panorama nacional.
Espero isto tudo e muito mais.
Não vou referir nomes, mas ela sabe quem é.
Foi um prazer conhecer-te, parabéns e boa sorte!


domingo, 8 de setembro de 2013

Mas afinal o que raio é o Swag?

Nota: Segue-se um chorrilho de asneiras, porque isto me irrita violentamente

Alguém me explica? A sério que alguém se importa de me explicar o que raio é essa moda do swag? Mas estamos no meio de uma epidemia de estupidez e eu acordei agora? A criançada (e a juventude) anda por aí a dizer que só somos bons se tivermos swag. E que isso se mede com os bens materiais que se usam: bonés (ou caps, como eles lhe chamam) de determinadas marcas, botas e roupas específicas. Ora foda-se. Quando ganharem para vocês próprios, gastem dinheiro a vestir-se como palhacinhos. Até lá, não me lixem. Enquanto forem os papás a pagarem-vos a roupa, os estudos (que provavelmente estarão a desperdiçar) e a comida, deixem-se lá de merdas e esqueçam o swag. Já não vos posso ver à frente.
Chamem-me velho... mas se existe coisa que me irrita é a futilidade de putos que não ganham para eles próprios... E pais coniventes ainda me irritam mais. E para usarem neologismos, ao menos usem neologismos interessantes.


Se um Dia

Se um dia me deixar de procurar, morri. Saio todos os dias à rua com uma vontade imensa de me encontrar, mas perco-me sempre em recantos obscuros da minha alma, em curvas e contra-curvas dos meus problemas, em desejos impossíveis e em tentativas loucas de alcançar um plano mais elevado.
Se um dia me deixar de perder, deixei de existir. Só faço sentido como um poço de contradições, como uma metáfora enrodilhada num paradigma, como algo que existe sem sentido, apenas por existir.
Se um dia deixar de correr atrás de quem não me espera, enlouqueci. Não sou louco, só uma pessoa normal com ambições anormais, com um imenso desespero existencial. Preciso da imperfeição para singrar, preciso que me moldem, ao mesmo tempo que moldam os outros.
Se um dia deixar de ser quem sou, desliguem a ficha, apaguem a máquina, injectem-me com a solução fatal. Eu sou o que sou, seja isso bom ou mau, e não quereria ser de outra maneira. Já me tentei modificar por quem não precisa que me modifique, já tentei fugir para locais de conforto que não são os meus locais de conforto, e isso só me matou mais um pouco.
Se um dia deixar de amar loucamente, já não me valerá a pena amar. O amor não será nunca racional, e eu racional não quero ser. Quero perder-me, entregar-me, sofrer e rasgar todas as feridas que existem para ser rasgadas. Não quero barreiras. Não quero nada.
Se um dia deixar de escrever, já não serei eu. A escrita é um escape para os meus medos mais profundos, para o meu pânico entranhado, para os meus ódios e para a minha paixão. Mesmo sem saber escrever, escreverei sempre, pois escrever está-me no sangue.
Se um dia me esquecer de ser eu próprio, não serei mais ninguém. E desvanecerei como uma qualquer sombra que por cá andou.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Actos Falhados

Num Supermercado:

"Vieste às compras???"
"Não, vim caçar elefantes."

O telemóvel toca durante a noite:

"Estavas a dormir?"
"Não, estava a fazer skydiving."

Chove torrencialmente e aprontamos-nos para sair:

"Vais sair com esta chuva?"
"Não, vou esperar um pouco e saio com a próxima!"

Estamos numa lavagem automática a lavar o carro:

"Estás a lavar o carro?"
"Não, estou a regá-lo para ver se se transforma num camião!"

E isto, meus amigos, são actos falhados segundo a minha amiga com nome de vegetal. Se se lembrarem de mais alguns, comentem!


Prémio Frase do Dia

Dita por um programador:

"Uma Constante é uma Variável que não varia"

Tenho dito.