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quinta-feira, 23 de julho de 2015

Democracia Europeia ou a União dos Poderosos

Ainda só posso levantar 60€ por dia. Que na verdade são 50€, pois os ATM's nunca têm notas de 20. Não existem transferências para o estrangeiro - a não ser para pagar despesas médicas ou de educação - e só posso comprar online se a empresa que vende tiver conta num banco grego.

Tudo aumentou. Não muito, mas nota-se. 10 cêntimos no café - já de si caro - e 40 cêntimos no souvlaki - a nossa fast-food. Muitas bombas de gasolina não aceitam cartões, mas pelo menos os bancos reabriram - mas não se podem abrir contas novas. Nem levantar dinheiro. Nem transferir dinheiro de uma conta para outra (mesmo que seja grega).

Parece que as pessoas estão a tentar viver normalmente, mas existe um peso que se sente no ar. Passou a esperança - veio a incerteza. Possivelmente poderia ter sido diferente. Se os governos do Sul, em vez de terem tido medo de perderem as eleições - tivessem pensado no povo que sofre.

A austeridade não funciona. Nada resolve. Está mais que provado - vezes sem conta economistas o disseram. O que fazemos quando um medicamento não funciona? Segundo a União Europeia, continuamos a tomá-lo, na vã esperança que funcione, até que morramos todos de uma overdose de um medicamento que não é de todo apropriado para a maleita.

A União Europeia foi criada como um baluarte de Democracia. Mas é uma democracia que funciona se todos fizerem o que os países mais poderosos querem. Se alguém tentar sair da linha aprovada, iremos esmagar e humilhar esse país o mais possível.

Este é um texto desiludido. Infelizmente. Mas já não acredito nesta Europa.

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