Quem me dera que a vida fosse simples. Que o céu fosse sempre azul, que não me acontecessem amores idiotas, que não metesse a pata na poça tantas vezes, que não tivesse tantas mudanças de humor, que gostasse de toda a gente e que toda a gente gostasse de mim.
Quem me dera que o mundo fosse simples. Que não existissem guerras, que não existissem vítimas, que não existissem sempre dois lados da mesma questão, que o mundo não fosse multi-facetado e um retalho de coisas correctas para uns que outros abominam.
Quem me dera que a minha caminhada por este universo tivesse apenas saída, uma estrada e que não se perdesse em encruzilhadas e em cruzamentos em que nunca sei para onde seguir. Quem me dera conseguir agradar a uma pessoa sem antagonizar outra.
Quem me dera que a estupidez me invadisse e que o meu pobre cérebro não ficasse a remoer coisas com muitos anos, a dizer-me (depois do facto consumado) como deveria ter reagido na altura, depois de ter completamente parado quando devia funcionar.
Quem me dera tanta coisa. Pode ser que um dia compreenda que o que quero é possível, ou pode ser que um destes dias as coisas mudem. Entretanto, fico-me pelo querer.
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