Translate This Blog (at your own risk)

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Risos

Apetece-me fazer-te rir. Não preciso de mais nada para ser feliz. Não preciso de declarações de amor, não preciso que me digas vais ficar para sempre, não preciso sequer de um abraço. Não é necessário sequer que fales. Não preciso que olhes para mim nos olhos, não preciso que me dês a mão. Não preciso também que estejas aqui. Preciso do teu sorriso.
Quero ouvir-te rir, sem te preocupares se é certo ou errado. Quero que o teu corpo estremeça, que não te consigas controlar, quero que me aches a pessoa mais ridícula do mundo, quero que penses que a minha vida é uma comédia, quero que te sintas no meio de um estranho filme mudo, cheio de parvoíce e de ternura. 
Não te quero ao meu lado. Não sou bom nisso. Não sei dizer que te amo, não te sei fazer sentir especial. Nunca saberei. Ficarei feliz se souber que a tua vida teve alguns sorrisos a mais por minha causa. Nem sequer nisso sou muito bom. Tenho que tirar a ferros do meu interior, das minhas fraquezas, as pequenas histórias que fazem rir toda a gente. Mas mesmo que toda a gente ria às gargalhadas, se a tua face ficar na mesma, se a tua barriga não doer de tanto rir, foi tudo em vão.
Historietas baseadas em factos verdadeiros, que humilham todos os dias. A verdade é que a comédia baseada na auto-depreciação não passa de uma defesa. Não quero que vejas para dentro de mim, para a realidade que vai por aqui. Não quero que entendas o que se passa na minha cabeça. Quero fazer-te rir, apenas.

Sem comentários:

Enviar um comentário