Quero ouvir-te rir, sem te preocupares se é certo ou errado. Quero que o teu corpo estremeça, que não te consigas controlar, quero que me aches a pessoa mais ridícula do mundo, quero que penses que a minha vida é uma comédia, quero que te sintas no meio de um estranho filme mudo, cheio de parvoíce e de ternura.
Não te quero ao meu lado. Não sou bom nisso. Não sei dizer que te amo, não te sei fazer sentir especial. Nunca saberei. Ficarei feliz se souber que a tua vida teve alguns sorrisos a mais por minha causa. Nem sequer nisso sou muito bom. Tenho que tirar a ferros do meu interior, das minhas fraquezas, as pequenas histórias que fazem rir toda a gente. Mas mesmo que toda a gente ria às gargalhadas, se a tua face ficar na mesma, se a tua barriga não doer de tanto rir, foi tudo em vão.
Historietas baseadas em factos verdadeiros, que humilham todos os dias. A verdade é que a comédia baseada na auto-depreciação não passa de uma defesa. Não quero que vejas para dentro de mim, para a realidade que vai por aqui. Não quero que entendas o que se passa na minha cabeça. Quero fazer-te rir, apenas.
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