Esta imagem, acima, é a melhor coisa que os Gregos inventaram. Sim, é fast food, mas é tão melhor do que qualquer hamburger. Quem está na Grécia sabe o que é. Quem não está... Lamentamos.
Postas de Pescada Fresquinhas, de um Gajo meio parvo ou a vida de um Idiota Romântico
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sexta-feira, 5 de junho de 2015
"Ai Jesus" ou a Novela do Verão
Duas postas de pescada sobre Futebol seguidas? O que está errado comigo? Nada, sou o típico gajo que gosta de Futebol embora que diga que não, não estou acima de perder 90 minutos da minha vida a ver gente a correr atrás de uma bola.
Como disse no meu post anterior, sou Benfiquista assumido, sem apelo nem agravo. Logo, quando me disseram que o Jorge Jesus ia para os nossos queridos inimigos (nada tenho contra o Sporting, muito pelo contrário, como todos os Sportinguistas que me conhecem sabem), fiquei, digamos, em choque. A expressão mais correcta seria "aparvalhado", mas não tenho a certeza que exista.
Ao contrário de muitos benfiquistas, fui dos que sempre gostaram do Jesus (do Jesus, não de Jesus, que não sou cristão). O homem pode ter muito defeito (um ego um bocado grande, uma mania que é um bocado melhor que toda a gente), mas o certo é que é genuíno e não esconde quem é. Pode não saber falar português, ter uma tendência grandita para gaffes e pontapés na gramática, mas percebe daquilo que faz, e não é por ir para um clube diferente que deixa de perceber.
Como alguém disse, o risco é maior para Jesus do que para o Benfica. Sem querer menosprezar o Sporting Clube de Portugal, o que é certo é que está em processo de restruturação (e bem feita, por muito que não seja um fã do Bruno de Carvalho) e que só este ano conseguiu ganhar alguma coisa. Jesus sai de um clube que conhece bem, onde foi três vezes campeão, chegou duas vezes a finais europeias e onde ganhou alguns títulos menores, para ir para um clube onde irá começar, não digo do zero, mas com bem menos matéria-prima para vencer. Por outro lado, estando o Sporting no dito processo de renascimento, a pressão de ganhar será bem menor. Os adeptos Sportinguistas são mais pacientes do que os do Benfica ou os do Futebol Clube do Porto, e estão como estava o Benfica quando Camacho veio - ficariam satisfeitos com um treinador que ganhe uns títulos, mas não exigem o campeonato (pelo menos no primeiro ano).
Passemos agora à minha opinião pessoal sobre as razões que levaram Jesus a mudar:
1) Jorge Jesus já ganhou tudo o que podia ganhar no Benfica. A ambição dele seria ganhar uma taça europeia, mas depois de duas finais perdidas, compreendeu que não seria fácil, para não dizer impossível.
2) Jorge Jesus nunca escondeu o seu Sportinguismo (o pai foi jogador do mesmo plantel dos cinco violinos). Tendo 60 anos, seria a última oportunidade de treinar o clube do coração. Vendo que não conseguiria ganhar mais no Benfica (nem financeiramente nem desportivamente), e não querendo ir para o estrangeiro (não me parece que seja homem de embarcar em grandes aventuras, muito menos com a idade que tem), e não havendo nenhum clube Português que lhe pudesse pagar mais do que recebia no Benfica, optou (sendo profissional), a segunda melhor hipótese: ganhar menos - pelo menos segundo o que nos dizem - treinando o clube do coração e tendo controle completo sobre o plantel.
3) Diz-se que Jesus só ganha porque está num clube com muito dinheiro (ou pelo menos, muito dinheiro virtual, que o passivo não é brincadeira). Jesus gostava de ter jogadores de topo, que lhe pudessem garantir a Europa. Vieira quer reduzir custos e apostar na formação. Formação por formação e menos dinheiro por menos dinheiro (seja para jogadores seja para o ordenado), mais vale aproveitar o crepúsculo da carreira para ir para o clube de sonho dele. Como bónus (que eu como Benfiquista, espero que não aconteça), se ganhar alguma coisa, estará provada a sua qualidade como treinador (da qual não duvido, mas existe muita gente que duvida, e que tem todo o direito em duvidar).
4) O Sporting, mais uma vez sem menosprezar o clube, é um clube que não coloca, neste momento, tanta pressão nos treinadores. Os adeptos podem esperar mais tempo, não são tão impacientes, e (embora ambicionem, como todas as grandes equipas, serem campeões), não se importarão (pelo menos durante o princípio da carreira de Jesus) de ficar em segundo lugar e talvez de ganhar uma taça e fazer uma figura razoável nas competições Europeias. Jesus terá um estado de graça, sendo visto como salvador, durante alguns meses - a não ser que as coisas corram muito mal. Algo que secretamente, todos os Benfiquistas desejam, claro.
Bem, aqui está a minha opinião sobre a melhor novela futebolística dos últimos anos (porque a detenção de dirigentes da FIFA não tem piada nenhuma, é apenas trágica para o desporto rei), e espero sinceramente que ninguém se sinta ofendido!
PS: Se posso pedir coisas ao Pai Natal, e já que estamos em altura de surpresas, gostaria que o Jurgen Klopp viesse para o Benfica (eu sei, eu sei, mas não custa sonhar). Se não for possível, podemos roubar o Marco Silva? Não sou grande fã do Rui Vitória. Senhor Luís Filipe Vieira, tire lá um coelho da cartola. Muito Obrigado!
Como disse no meu post anterior, sou Benfiquista assumido, sem apelo nem agravo. Logo, quando me disseram que o Jorge Jesus ia para os nossos queridos inimigos (nada tenho contra o Sporting, muito pelo contrário, como todos os Sportinguistas que me conhecem sabem), fiquei, digamos, em choque. A expressão mais correcta seria "aparvalhado", mas não tenho a certeza que exista.
Ao contrário de muitos benfiquistas, fui dos que sempre gostaram do Jesus (do Jesus, não de Jesus, que não sou cristão). O homem pode ter muito defeito (um ego um bocado grande, uma mania que é um bocado melhor que toda a gente), mas o certo é que é genuíno e não esconde quem é. Pode não saber falar português, ter uma tendência grandita para gaffes e pontapés na gramática, mas percebe daquilo que faz, e não é por ir para um clube diferente que deixa de perceber.
Como alguém disse, o risco é maior para Jesus do que para o Benfica. Sem querer menosprezar o Sporting Clube de Portugal, o que é certo é que está em processo de restruturação (e bem feita, por muito que não seja um fã do Bruno de Carvalho) e que só este ano conseguiu ganhar alguma coisa. Jesus sai de um clube que conhece bem, onde foi três vezes campeão, chegou duas vezes a finais europeias e onde ganhou alguns títulos menores, para ir para um clube onde irá começar, não digo do zero, mas com bem menos matéria-prima para vencer. Por outro lado, estando o Sporting no dito processo de renascimento, a pressão de ganhar será bem menor. Os adeptos Sportinguistas são mais pacientes do que os do Benfica ou os do Futebol Clube do Porto, e estão como estava o Benfica quando Camacho veio - ficariam satisfeitos com um treinador que ganhe uns títulos, mas não exigem o campeonato (pelo menos no primeiro ano).
Passemos agora à minha opinião pessoal sobre as razões que levaram Jesus a mudar:
1) Jorge Jesus já ganhou tudo o que podia ganhar no Benfica. A ambição dele seria ganhar uma taça europeia, mas depois de duas finais perdidas, compreendeu que não seria fácil, para não dizer impossível.
2) Jorge Jesus nunca escondeu o seu Sportinguismo (o pai foi jogador do mesmo plantel dos cinco violinos). Tendo 60 anos, seria a última oportunidade de treinar o clube do coração. Vendo que não conseguiria ganhar mais no Benfica (nem financeiramente nem desportivamente), e não querendo ir para o estrangeiro (não me parece que seja homem de embarcar em grandes aventuras, muito menos com a idade que tem), e não havendo nenhum clube Português que lhe pudesse pagar mais do que recebia no Benfica, optou (sendo profissional), a segunda melhor hipótese: ganhar menos - pelo menos segundo o que nos dizem - treinando o clube do coração e tendo controle completo sobre o plantel.
3) Diz-se que Jesus só ganha porque está num clube com muito dinheiro (ou pelo menos, muito dinheiro virtual, que o passivo não é brincadeira). Jesus gostava de ter jogadores de topo, que lhe pudessem garantir a Europa. Vieira quer reduzir custos e apostar na formação. Formação por formação e menos dinheiro por menos dinheiro (seja para jogadores seja para o ordenado), mais vale aproveitar o crepúsculo da carreira para ir para o clube de sonho dele. Como bónus (que eu como Benfiquista, espero que não aconteça), se ganhar alguma coisa, estará provada a sua qualidade como treinador (da qual não duvido, mas existe muita gente que duvida, e que tem todo o direito em duvidar).
4) O Sporting, mais uma vez sem menosprezar o clube, é um clube que não coloca, neste momento, tanta pressão nos treinadores. Os adeptos podem esperar mais tempo, não são tão impacientes, e (embora ambicionem, como todas as grandes equipas, serem campeões), não se importarão (pelo menos durante o princípio da carreira de Jesus) de ficar em segundo lugar e talvez de ganhar uma taça e fazer uma figura razoável nas competições Europeias. Jesus terá um estado de graça, sendo visto como salvador, durante alguns meses - a não ser que as coisas corram muito mal. Algo que secretamente, todos os Benfiquistas desejam, claro.
Bem, aqui está a minha opinião sobre a melhor novela futebolística dos últimos anos (porque a detenção de dirigentes da FIFA não tem piada nenhuma, é apenas trágica para o desporto rei), e espero sinceramente que ninguém se sinta ofendido!
PS: Se posso pedir coisas ao Pai Natal, e já que estamos em altura de surpresas, gostaria que o Jurgen Klopp viesse para o Benfica (eu sei, eu sei, mas não custa sonhar). Se não for possível, podemos roubar o Marco Silva? Não sou grande fã do Rui Vitória. Senhor Luís Filipe Vieira, tire lá um coelho da cartola. Muito Obrigado!
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